A armadura de Deus IV



A vitória de Deus pai e do seu Cordeiro por Jacob de Wet

Recebam a salvação como capacete e a palavra de Deus como a espada que o Espírito Santo lhes dá. Efésios 6.17

É justamente dessa escuridão que precisamos ser livres. Esta é a grande guerra de libertação do evangelho. É exatamente isso que a Bíblia chama de salvação. Como eu sou infeliz, gritou Paulo. Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? (Rm 7.24) É esse o grito no coração de cada ser humano. É esse o grito do mundo e de cada nação desse mundo. É nessa guerra e não na outra que nós carecemos tanto da armadura de Deus.
Temos que usar a verdade como cinturão. Para nós existe uma verdade só: Jesus Cristo.  Cristo é verdade sobre o que nós somos. Ele é a verdade sobre o que significa ser humano. Ele a verdade sobre o que Deus é. Cristo na cruz é a verdade sobre o que a escuridão é em nós e em nosso mundo. Ele e a crueza da cruz são a verdade sobre o que o amor de Deus em nós em nosso de Deus.
Temos que nos vestir com a couraça da justiça. Esta justiça, em uma análise final é amor, não amor emoção ou sentimento. É o amor como uma ação concreta de querer o bem do outro mesmo que detestemos a escuridão que há nele. Justamente como desejamos o nosso próprio bem, mesmo que odiando a escuridão que existe em nós. Temos que amar os outros com toda a sua feiura antes de o fazermos bonitos.
Temos que levar fé como escudo. A fé aqui não é o que nós cremos sobre Deus, mas melhor. A fé aqui ouvir uma voz que diz: Venham a mim! E nós, ao ouvirmos a voz, começamos a ir sem mesmo entender o que devemos crer sobre aquela voz, ou sobre o que devemos crer sobre nós mesmos, mas mesmo assim irmos. É o mesmo que ficar perdido numa escuridão total, uma aparece e nós deixamos que ela nos pegue ou nós a pegamos.
Paulo termina dizendo: Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Na grande guerra de libertação é importante que fiquemos em contato com o único que pode nos libertar. Vamos conversar com ele no ardor da mais ferrenha batalha. Vamos conversar com ele na hora desapropriada ou quando nos sentimos no vazio. Não devemos nos preocupar tanto com a guerra de conquista que tratamos no começo da meditação. Mas a nossa preocupação com essa primeira guerra é tão grande que a guerra de libertação fica esquecida. A segunda guerra que importa, pois mesmo que não achemos aquele lugar que nos nossos sonhos o sol brilha tão reluzente, e mesmo que não alcancemos o sucesso, a fama ou as riquezas que desejamos, não é o fim. Afinal de contas não é essa a guerra decisiva. Mesmo que tenhamos sido ensinados a vida toda sobre a importância dessa guerra, a guerra derradeira é a outra.
A guerra para nos tornar justos; a guerra para nos tornar corajosos; a guerra para nos tornar cheios de compaixão; a guerra para nos tornar verdadeiramente humanos. E a boa notícia para nós é que ninguém enfrenta essa guerra sozinho. É guerra que, embora muitos não acreditem, estamos ganhando, porque é a guerra que Deus deseja que ganhemos. É a guerra que Deus nos arma para ganhar, basta apenas que aceitemos a armadura que Deus tem para nos dar.


Leitura: Efésios 6.10-18

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