Dispersão, fé,
perseverança, sabedoria.
Se, porém, alguém de vós necessita de
sabedoria, peça-a a Deus,
que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;
pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.
Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa.
que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;
pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.
Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa.
(Tiago 1.5-7)
Reflexões em Tiago 1.1-8
No tempo de Jesus Cristo, a Palestina
era a terra dos judeus. Ali eles viviam, tinham suas propriedades, seu governo,
embora submisso ao Império Romano, e era onde se localizava seu único Templo.
Os cristãos primitivos, que eram basicamente judeus, também encontravam-se em
casa nesse território. Mas alguns anos após a morte do mestre, os judeus
passaram a ser perseguidos pelos romanos e, com eles, os cristãos. Essa
perseguição, que culminou com a destruição do templo de Jerusalém no ano 70,
provocou uma debandada de judeus e cristãos para todas as partes do império, os
quais passaram a viver num mundo estranho, com outros costumes e,
principalmente, com outras religiões, os cultos pagãos, o que representava um
desafio para os crentes, pois os confrontava com provações novas. Foi para
eles, as doze tribos que se encontram na dispersão, que Tiago endereçou
sua epístola, com a intenção de ampará-los em suas dificuldades.
De certo modo, os cristãos de hoje
vivenciam situação semelhante, encarando a mais o materialismo e a acelerada paganização
dos cultos que se apresentam como cristãos. Portanto, as palavras de Tiago
aplicam-se a nós com muito mais intensidade. Para ele, essas provações não são
para lamentar, ao contrário, são motivo de toda alegria, pois darão
prosseguimento a uma ação que, quando completa, fará dos que as
enfrentam perfeitos e íntegros, em nada deficientes, tornando-os aptos a
receber a coroa da vida. Essa ação começou com o anúncio do Evangelho,
que despertou a fé. Agora é a provação que, agindo com a fé, produz perseverança,
a qual os fará subsistir até a aprovação final.
Entretanto, para prosseguir, é
necessária a sabedoria. Muitos confundem sabedoria com saber, conhecimento,
esperteza, técnica, inteligência e coisas do gênero. Então, para não cair em
cilada também nesse aspecto, é bom darmos uma olhada no que a bíblia diz sobre
ela. Para começar, no secundo capítulo do livro de Provérbios, lemos que Deus reserva
a verdadeira sabedoria para os retos, ocultando-a, segundo Jesus Cristo,
dos sábios e instruídos e revelando-a aos pequeninos; vai no
mesmo sentido sua resposta aos fariseus no capítulo sete do evangelho de João: Se
alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina. Essa
sabedoria cuja única fonte é o próprio Deus, que a dispensa apenas e a todos
lhe apraz, serve especificamente para entender justiça, juízo e equidade,
ainda de acordo com a passagem de Provérbios acima referida, sendo totalmente
inútil e, por isso, negada àqueles que a buscam com o intuito de se sobrepor
aos seus semelhantes, pela admiração ou pelo poder.
Assim, Tiago estimula seus leitores a
pedir sabedoria a Deus, lembrando mais uma vez que a fé é indispensável para
serem bem sucedidos. Para prevenir qualquer mal-entendido, menciona três
fraquezas que denunciam sua inexistência e são a negação da perseverança: o
que duvida pode desistir do pedido antes mesmo de ser atendido; ânimo
doble é próprio de quem oscila entre dois comportamentos opostos; inconstantes
são aqueles cujo desejo muda constantemente.
Hoje, a importância da fé parece ser
muito exaltada, só que nem sempre no sentido bíblico. Nestes primeiros
versículos de sua epístola, Tiago adverte para as manifestações da
verdadeira fé e suas indispensáveis
evidências: a perseverança e a sabedoria, no sentido bíblico, evidentemente.
Referências bíblicas:
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